terça-feira, 4 de março de 2008

A TAL CAIXINHA DE SUPRESAS

Em terra de cego, leia-se Alfredo Sampaio, só deu Boa Vista.
Foi uma das mais injustas vitórias do futebol carioca. Só no primeiro tempo, o Boa Vista teve umas 12 (doze) finalizações a mais que o time do Vasco. Se jogar assim contra um grande, não interessa quantas caras feias o Sampa faça na “área técnica”, o Vasco vai ser goleado. E olha que, do meio pra frente, o Vasco tem as grandes promessas Alex Teixeira e Morais, além de Edmal, o Animundo, que pode ser maluco, mas é um atacante perigoso. Perguntar não ofende: pode desentupir os orelhões, antes de responder, ô técnico burro:
- O que fazem Amaral e Calixto no time titular do Vasco? Não pegam banco no Arapiraca.
Espantoso é também o comportamento da torcida: com o time tendo péssima atuação e o Boa Vista deitando e rolando, ninguém vaia, ninguém faz o merecido corinho de “burro! burro!” pro técnico. Estão quase todos conformados com a sucessão de vexames ou vivendo da lenda “o Vasco é o maior vencedor da Taça Rio”. Ora, antão loda-se!



FINAL DE CIRCO
Que se dane como e onde vai terminar a carreeeeiiira de Rolário, o Mercenário. O Flamengo, pra variar cascateando, diz que tem um projeto pronto para uma grande festa no Maracanã, onde o Padreco Baixinho fecharia a tampa, com a camisa do Fla, contra o Barcelona. Depois da festa, Ronaldinho Gaúcho, já que Ronaldo Fenômeno machucou-se, deve ser contrato por Kleber Danoninho, que dará como garantia o gás de Evo Morales. Já no Vasco, haveria um amistoso, em Januário (não tem santo lá) contra o Chelsea de Mossoró, o Baraúnas, adversário temível, seguida à comemoração de danças folclóricas com o grupo da Casa dos Poveiros. Seguir-se-á um Bacalhau à Jeurico, ou seja, estragado, e queima de puns com fósforos acesos no rego da bunda dos conselheiros e grandes gargalhadas, visto que se trata de um clube feliz pelas inúmeras conquistas recentes. Sei não, mas acho a festa do Vasco mais viado, perdão, viável.



O megartilheiro Souza, também conhecido como Souza, afirma que é a cara do Flamengo. Taí, concordo.
Enquanto acontecia esse estranho episódio do Vasco ganhar 4x0 sem merecer, o Flamengo sofria dois gols em vinte minutos do Resende, o Lyon das Agulhas Negras.
Já da pra sentir que vai ser um segundo turno infernal.



Falando em Calixto, o aguerrido lateral cruz-maltino declarou que bebia um copo de vodka antes de suas atuações na Rússia. A julgar pelo futebol apresentado, Calixto continua de porre até agora.



Dica de CD
Saiu o novo da CEJ – Companhia Estadual do Jazz, na qual meu amigo Reinaldo, do Casseta e Planeta (é, aquele mesmo) brilha no contrabaixo. Eu o estou destacando não em detrimento dos outros excelentes músicos, Sérgio Fayne no piano, Fernando Clark na guitarra, Guilherme Vianna no sax tenor e flauta e Chico Pessanha na bateria, além das participações especiais de Paulinho Trompete, Dom Chacal e outros ases. Destaquei o Reinaldo por dois motivos: porque ele e eu adorávamos o falecido Paulinho Albuquerque, que ia gostar demais do CD, e porque ser baixista vindo da carreira de humorista deve causar padecimentos parecidos com os meus, que não posso escrever crônica, conto, poema, sem tomar pela cara comentário do tipo “apesar de oriundo da música popular...”.
Pra aumentar minha alegria, está no CD minha única parceria com Moacir Santos, Jequié. Confiram. Os rapazes não estão brincando. É música pra valer, feito com esmero por gente competente e talentosa.



CENA CARIOCA
Com saudades do meu querido Lan: saco de gelo na cabeça, ressaca brutal, Mello Menezes vê com um olho só a bicha penteando a perua na tevê. Chega na rua a kombi do pão, a todo volume:
- ... temos a baguete de queijo, a baguete de alho, a baguete de orégano; temos o folheado de queijo, o folheado de lingüiça, o folheado árabe, o folheado de bacon; temos o pão francês tradicional e o mini; temos o rocambole de goiabada, o rocambole de creme, os rocamboles salgados de sardinha e de provolone; temos...
Desesperado, Mello sobe só de cueca no parapeito da janela e grita:
- Mentira! Não cabe essa merda toda aí dentro!

6 comentários:

Anônimo disse...

Alo, Aldir.
Aqui é o Reinaldo. Adorei ser alvo se seu blog. É claro que é bom saber que você gostou do CD da CEJ-Companhia Estadual de Jazz, mas legal mesmo foi o seu comentário sobre o cara que é "oriundo de alguma coisa" e neguinho fica olhando meio esquisito. Você é um escritor "oriundo da música popular" e eu sou um contrabaixista que também é "transformista", é ET de Varginha e é Osaminha Paz e Amor. Realmente, é estranho, mas o Jacob do Bandolim era escrivão da Décima Primeira Vara Criminal. Ele era "oriundo do crime"??? ...Mas falando do grande Paulinho Albuquerque, conta aí aquela história de quando vocês levaram porrada de uma torcida porque sentaram no lado errado do estádio...

Anônimo disse...

hehehehe

Anônimo disse...

E o Guinga? É "oriundo da odontologia" ???

David da Silva disse...

Como é mesmo que você chamou o Mello, num texto teu: latifundiário do azul, é isto?

B. disse...

Reinaldo:
A porrada não foi bem por isso. Nós estávamos nas cadeiras e uma voz tricolor ofendia, com palavrões cabeludíssimos, todo o time do Vasco. Eu comecei a responder com palavrões ainda piores. No intervalo do jogo, quando eu ia saindo pra cerveja, um cara me interpelou e eu mandei ele tomar no cú. É aí que mora o perigo. Levantaram-se, sem exagero, uns dez tricolores mais jovens e malhados. O detalhe bacana da história é que o Paulionho disse: "já lutei Judô. Eles estão em pé nas cadeiras. É só usar o embalo deles pra gente ganhar essa porrada."
O tal embalo não funcionou, apanhamos pra cacete e, por estarmos embaixo, numa reação instintiva, ficamos com as canelas pretas de tanto chutar a beirada das cadeiras sem atingir ninguém. Foi um dos maiores vexames da minha vida, mas Paulinho, claro, não perdeu a pose e deu várias explicações "técnicas" para nossa acachapante derrota.
Abraço, e não ouve favor algum. O disco é realmente ótimo.
Aldir

B. disse...

David:
O Mello é o inventor do azul.
Fiz essa brincadeira com um fundo de verdade. A grande maioria dos seus quadros tem um fundo azul único, um azul Mello.
Abraço,
Aldir