Não vou comentar a espetacular vitória do Vasco da Gama sobre os Retirantes Árabes, ou coisa assim, pelo maravilhoso 1 x 0, jogando todo o segundo tempo com 1 a mais. O que dizer de um time que substitui Calisto por Marcos Vinícius, Amaral por Xavier, Leandro Bonfim por Rafael, Villanueva por Beto (esse foi re-contratado pelo Vasco só por ser amigo do padreco Rolário. Tem vasta folha corrida em porres na noite carioca). E ainda temos Wagner Diniz, Vilson, Jorge Luiz, Jonílson (apresentado como se fosse um astro), e o místico Alan Kardec – só faz gol por milagre. Sobram Morais, que, dizem, será vendido para a compra de Edmal o Animundo, aquele que abandona os companheiros no vestiário do Palmeiras e a promessa – promessa é dívida... – Alex Teixeira. Ver o Vasco de hoje atuar dá uma satisfação mórbida: porque constatamos o prosseguimento do trabalho de dissolução do clube pela dupla Jeurico, o Piranda e Rolário Padreco. Comentarei o jogo contra o Bob’s Burger – travado em Dubai à Merda. O virtuoso artilheiro do passado (bota passado nisso) escalou quatro zagueiros, três volantes-de-demolição à frente dos quatro pilares, dois coitados e o místico Alan Kardec, sozinho, dando de canela na pobre da bola. Kardec bem que podia jogar de cabeça para baixo, visto que ele só funciona à testa-de-ferro. Em meio ao circo, a telinha mostrou Rolário gritando instruções para a dianteira inexistente, e um cavalheiro de cabelos grisalhos, tal de Sampaio feito o subúrbio homônimo, que dizem ser o verdadeiro técnico, roxo de berrar impropérios à defesa (???) onde desluziam algumas das estrelas citadas acima, com destaque para o sempre cocô-parrudo Amaral. O tal cara que o Conca, acho que de sacanagem, recomendou, não viu a cor da bola. De vez em quando, para fingir que formavam uma Comichão Tétrica de verdade, Rolário, o suburbano de cães embranquecida, um cara parecido com o Christopher Lee, famoso por seus papéis de vampiro, e outros OVNIs olhavam papéis, pranchetas, esquemas, laptops. Num dado momento, Rolário aparece em close e conta nos dedos um, dois, três, não sei se planejando alguma tática ou mostrando que só sabe contar até aí. Os Bob’s Burguenses, vendo a moleza que era, perderam o interesse pelo jogo, colocaram reservas que não são nem banco na Alemanha, e aí o ketchup com maionese desandou de vez. Não se trata de jogar mal. Trata-se de não jogar picas, lhufas, chongas. Mas o que vimos foi além disso: o caos do stratego e brilhante negociador Jeurico, o Clausewitz à Gomes Sá, o Maquiavel à Zé do Pipo, uma esculhambação total gerada pela empáfia quando se une à estupidez. Enquanto isso, sede hipotecada, eleições adiadas sine die por recursos calhordas, todo o tipo de patifaria. Essa zona é permitida, sancionada por um batalhão de conselheiros eunucos.
Dubai à merda, quadrilha. Aquilo lá não é o Vasco da Gama, mas o resto malhado do tráfico do Complexo da Colina. Adeus, Vasco da minha infância, que botou três titulares na gloriosa seleção brasileira campeã do Mundo em 1958. Adeus, cinzas do passado.
O Bacalhau continuará carregando sua Cruz de Malta cravada na cloaca em que o transformaram – mas eu, como torcedor, tô fora até essa merda de presidência e diretoria caírem. Remember o destino de Mussolini e sua trupe de bufões...
10 comentários:
Aldir,
Só com fina flor de suas palavras um vascaíno pode ver o lado podre da Cruz de Malta e ainda sorrir...
É muito triste para um torcedor ver o seu clube numa situação como essa, né?
Será que nada pode ser feito pra tirar esses bandidos de lá?
Aldir, velho de guerra. Tá foda mesmo. O pilantra não larga o osso, mas o pior é saber que, quando largar, quem vai abocanhar é o pilantra filho.
Aldir, parabéns pelo seu texto, infelizmente verdadeiríssimo. Te peço que visite meu blog onde, alguns posts abaixo do atual, reproduzi artigo que escrevi para o JB sobre o mesmo torneio tabajara que você citou. E, pouco mais abaixo, sobre a questão da troca de clube, influenciado por aquele rapaz que jurava fidelidade à nós. www.bloglog.com.br/brunomazzeo
Grande abraço.
Bruno Mazzeo
O Tigre disse tudo. É tragicômico esse time do Vasco. Que venham tempos melhores. Sou fã do blog. Abração!
Olney e Tartaglia:
Muita gente boa tem esperança de remover Jeurico, o Piranda do Complexo da Colina numa eleição limpa e que não deixe espaço para os herdeiros do feudo continuarem a apodrecer o bacalhau. Eu não sei. Tenho certa tendência ao ceticismo, ao cinismo e ao pessimismo com as indispensáveis pitadas de escrotidão. De qq forma, juntos vamos tirar um grande sarro com "O Código da Gama - Panfletos anti-Jeurico" que está estalando de pronto e sairá em breve pela Ediouro, que representa a série de livros sobre grandes times brasileiros. Me coube a sorte e o azar, porque é muito difícil enfiar a porrada no clube do coração, de ser o autor escolhido para o livro sobre o Vasco.
Abração,
Aldir.
Grande Bruno:
Uma alegria vê-lo aqui no Palmeira do Mangue. Sou não só seu fã e vejo os programas do 42 como brigo na rua quando alguém ataca o Chico Anysio, um dos meus ídolos absolutos. Passarei a ler seu blog com grande prazer, pois sei que vou encontrar uma ilha de inteligência num oceano de burrice do Brasil de hoje.
Abração,
Aldir.
Alô, meu poeta preferido. Fiz um comentário sobre o seu comentário a respeito do Vasco, mas parece que terei que repetir. Tudo bem. Quanto mais eu escrever para você, mais me glorifica. Eu falei que o Vasco está uma fábrica de desgostos, de tristezas, ansiedades, torturas, etc. A saída do Romário foi mais ou menos um oasis no nosso deserto de alegrias. Há três anos ele devia ter parado e eu me pergunto: por que ele não preferiu parar no Flamengo? Mas a briga dele foi por um motivo dfícil de ser entendido, já que o pomo da discórdia foi o nosso Alan Kardeu que a crônica vive dizendo que é ótimo no jogo aéreo e eu ainda não vi ele acertar uma única cabeçada. Mas veja que absurdo: o Eurico não deixou o Romário tirar o Alan Kardec, que o Romário queria ver pra longe e colocar o Abuda. Não dá pra acreditar, mas foi este o motivo da bronca. Tudo bem. O Romário já se foi e nós eliminamos 40 por cento dos problemas. Sobram 60, que serão assim divididos: 20 por cento pelo nosso técnico estar pela primeira vez dirigindo um grande time. (Mas isso é mentira. O que ele está dirigindo é um grande CLUBE, não time). 40 por cento dos problemas ficam na conta dos que virão para resolver a nossa vida - é a vida deles que eles resolverão: Edmundo, o animal e Jean, o anormal - já que é um atacante que não ataca. É uma barra muito pesada para quem, como eu, tem 76 anos de vida, 9 filhos, 12 netos e ainda vivo dentro de um freezer que meu empregador me deu. É pra galo. Mas... de qualquer jeito, poeta, é sempre melhor do que torcer pelo América. Um abraço, poesia!
Chico Anysio
Meu Chico Anysio:
É impossível responder a seu comentário sem tietagem. Como disse a seu filho Bruno, sou seu fã de brigar na rua. E já aconteceu! Tento, agora, diante do seu comentário, comparar minha obra com a sua. Meu Deus, você é um garanhão e eu sou um potro babaca que ainda não consegue se sustentar nas prórprias pernas.
Um beijo e admiração,
Aldir.
Amanhã tenho uma taréfa que tenho adiado por anos:Levar meu filho Luca(6 anos) ao seu primeiro jogo do vasco...O meu primeiro foi comandado por Dinamite e cia e agora ele verá o time do Jeurico e do roláio...Foda esses tempos de vasco ..
Grande abraço do seu fotógrafo vascaíno fã n°1
O Blog tá sensacional
AC Jr
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